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30 maio, 2011

Aprendendo com o Sofrimento

Procurei ser sempre racional neste blog, pois como coloco no tópico inicial, a intenção é a de divulgar uma doença pouco conhecida e informar sobre os tipos de tratamentos atualmente existentes, mas aqui neste post, deixo o racionalismo de lado para falar sobre a minha mãe.

Minha mãe faleceu aos 65 anos. Sofria de carcinomatose meníngea cujo tumor primário era desconhecido. Faleceu após 9 meses de tratamento paliativo, e 11 meses da manifestação da doença.

Minha mãe era professora, tinha muitos amigos e é admirada por seus alunos, amigos e familiares. Uma pessoa boa, como poucas, com um ótimo caráter e facilidade para praticar a bondade, fraternidade e a caridade. O seu velório estava repleto de amigos, parentes, alunos e colegas trabalho. Mais de 200 pessoas passaram por lá para se despedir dela.

Sendo a mais nova de 05 irmãos, todos vivos, repleta de saúde e disposição, sua doença surpreendeu a todos. Além disso, pensando em seu ótimo caráter e bondade, ficava cada vez mais difícil entender o motivo dessa doença horrível e sofrida tê-la acometido. Até hoje, muitas pessoas procuram respostas, pois não compreendem que a resposta está unicamente na confiança e na fé em Deus.

Foram meses de muita luta, angústia e sofrimento, mas também meses de muito amor, dedicação, e, porque não, felicidade! Pois apesar de tudo, minha mãe manteve o bom humor e a esperança em todos os momentos, e nós, familiares, nos unimos e concentramos nossas energias no seu bem estar. Nada importava mais que isso. Nos dedicamos totalmente a ela. Por todo o período, ficamos ao lado dela, incentivando-a, animando-a, e até sua última semana de vida, mantivemos nossa fé e esperança.

Muitas festas foram comemoradas no hospital, muitas reuniões familiares foram feitas, e minha mãe nos surpreendeu o tempo todo, com seu ótimo humor, com tiradas e gargalhadas inacreditáveis e nenhuma reclamação sobre seu estado. Os médicos permitiram visitas a qualquer hora e dia da semana, permitiam que duas ou mais pessoas passassem a noite com ela. Tudo o que ela tivesse vontade de comer podia ser dado, pizza, pastel, macarronada! Tudo.

Nenhuma lágrima correu de seu rosto durante todo este tempo. Nenhuma reclamação sobre a vida foi feita. Ela sempre aceitou a doença com muita resignação e fé.

Sempre feliz em nossas orações, orou até quando foi possível. Muitas vezes ao final de nossas orações, ela se esfroçava para beber um pouco da água fluidificada. Mesmo com dificuldade esforçava-se para conseguir se movimentar, para engolir um remédio, para falar, gesticular, enfim, foi sempre uma lutadora e nunca reclamou.

Uma semana antes de falecer completou 65 anos, a família foi em peso ao hospital, cantamos parabéns e ela até comeu um pedaço de bolo, mesmo sentindo-se mal e muito fraca. Neste dia, já sabíamos de sua piora, e dos poucos dias que lhe restavam neste plano. Via-se o esforço que ela fazia para comer, para levantar a cabeça, para dar um abraço... Depois de seu aniversário, seu estado piorou muito, e nos dois últimos dia de vida, ela foi sedada.

Os médicos nos deixaram optar por deixá-la no quarto, conosco, ou então por levá-la até a UTI, onde, entubada, teria mais alguns dias de vida, mas longe de nós. Optamos por deixá-la no quarto, ao nosso lado, e daí em diante, saí do lado dela só para tomar banho e trocar de roupa.

Nós temos conhecimentos espíritas e fomos avisados de que por ser muito forte e apegada à família, minha mãe não queria deixar este plano. Pedimos ajuda a nossos amigos e mentores espirituais e nos unimos em oração para que ela ficasse tranquila em sua passagem. 

No dia de seu desligamento, estávamos com familiares queridos no quarto do hospital, fizemos o evangelho do lar no momento combinado e pedimos para que nossos amigos e familiares, que não estavam presentes, dedicassem uma oração a ela no mesmo horário, 21:00 hs do dia 05/05. Naquela noite, recebemos a visita e a ajuda espiritual, e sentimos todas as energias das orações. 

Lemos um trecho do Evangelho Segundo o Espiritismo que falava sobre a morte prematura. Meia-hora depois do final do Evangelho do Lar, minha mãe foi parando de respirar...bem devagar...bem serena. Naquele momento, minha irmã segurou uma de suas mãos e eu a outra. Junto com nossa tia, primas queridas, e uma enfermeira muito amiga, que estavam ao redor dela, conversamos com ela, dissemos que a amamos e que sempre iremos amá-la, dissemos para ela ir com as pessoas que estavam lá para levá-la, para ela confiar em Deus e pedir sempre ajuda a Ele. Prometemos cuidar de nosso pai, tios, e nos amar e respeitar. Explicamos que nos separaremos por um tempo, mas que logo poderemos nos comunicar através dos sonhos e pensamentos.

Assim, ela foi em paz com os amigos e parentes que carinhosamente  vieram buscá-la. No momento da oração estavam presentes muitos amigos espirituais, tanto que sentíamos o quarto iluminado e um pouco apertado até...rs... Estavam também presentes meus avós, o que foi uma benção de Deus.

Agradecemos a Deus por proporcionar uma morte tão tranquila à minha mãe.

Temos a certeza de que ela  cumpriu de forma magnífica sua missão, e deixou belíssimos ensinamentos a todos que tiveram o prazer de conviver com ela.

Nossas lágrimas são de saudade, não de revolta ou tristeza. Nós estamos bem e conscientes de que fizemos nosso melhor, e de que ela está muito bem junto a Deus Pai Onipotente.

Retomamos nossas vidas, e a presença dela está em nossos atos, os quais são inspirados nos ensinamentos que ela nos deixou.

Nosso amor é maior que tudo, maior que a vida, muito maior que a passagem.

Espero que estas palavras sirvam de conforto. Independente da religião, todas elas pregam a bondade, a caridade e o amor a Deus sobre todas as coisas. Seguindo esses ensinamentos, aprende-se com o sofrimento e compreende-se a doença com amor e resignação.

Nós agradecemos a Deus o tempo todo, e pedimos a Ele que abençoe nossos irmãos que passam pelo sofrimento da perda e da doença. Pedimos para que todos recebam as bênçãos que nós recebemos, para que possam compreender e aceitar o sofrimento de forma que continuem suas vidas, e cumpram a missão designada por Deus a cada um de nós.

Coloco-me à inteira disposição para conversar e passar um pouco do que aprendi com isso tudo.

Fiquem com Deus, e sigam na luta. Sem dúvida, a força para lidar com uma doença tão terrível, é o amor e a fé.

Abraços!

12 comentários:

  1. Anna,
    Sinto muito.
    É muito difícil falar alguma coisa nesse momento, pois de alguma forma criamos um vínculo, mas fico melhor ao saber que os bons espíritos de luz estavam com ela no momento de sua passagem.
    E que apesar de toda dor que vcs estão sentindo pela ausência, tenham a total certeza que vcs fizeram tudo o que era possível e deram ã sua mãe todo o carinho e atenção que ela merece.
    Eu falo merece pq estou segura que isto aqui é uma passagem e que sua mãe vive em outro plano.
    Fiz agora que li seu post,uma oração do Evangelho de Kardec.
    E gostaria de deixar uma parte de outra oração:
    "Digna-te , ó meu Deus, de acolher, benévolo,a prece que te dirijo pelo espírito da Mãe da Anna.Faze-lhe entrever as claridadesdivinas e torna-lhe fácil de felicidade eterna.Permite que os bons Espíritos lhe levem as minhas palavras e o meu pensamento."
    Queria agradecer à vc e a sua mãe(descupe-me , não sei o nome dela e sempre pedia ã Deus ,como "mãe da Anna").
    Um bj Anna e fique com Deus
    Denise

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  2. Foi a 1ª vez que vi este blogue. Sou portuguesa e vivi um drama semelhante com o meu pai. Foi diagnosticado cancro esófago com metastases hepáticas no Natal de 2010. Iniciou quimioterapia e ao fim de 6 ciclos potentes a doença estava a regredir imenso. Iria fazer re-estadiamento e já se falava em cirurgia. Mas a verdade é que o último ciclo foi muito dificil, muitos vómitos e muita debilidade; eu achei e comuniquei à equipa de saúde que não seriam só os efeitos da quimio mas sim uma outra complicação. Como óptimo doente que era nunca se queixou... Começou 15 dias antes de falecer com dores de cabeça muito fortes (que se achava ser má posição de dormir)e debilidade. Uma semana antes de falecer ainda conduziu. Foi à urgência por tensões altas e dor de cabeça e não mais saiu. Após TAC cerebral normal,e uma punção lombar, o diagnóstico destroçante chegou: meningite carcinomatosa. Foi um declínio galopante (5 dias). Como conforto, sei que ele não sofreu muito e não se apercebeu do seu declínio, e pude estar com ele dias inteiros de mimos e palavras ternas.
    A 22 de Junho de 2011 perdi uma parte de mim, mas acho que ganhei uma estrela.
    Rute Sousa

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  3. Denise: Muito obrigada pelo apoio! Eu também rezo muito por vocês e espero que vocês estejam bem. Dê notícias de sua tia. Espero que as dores tenham melhorado.
    Sim, criamos um vínculo e quem sabe um dia não nos conhecemos? Afinal, nada é por acaso. Um gde abraço!

    Rute: Realmente a sensação é de perder uma parte de nós, é muito difícil lidar com isso. Mas que bom que Você consegue enxergar o lado positivo de o seu pai não ter sofrido tanto pela carcinomatose, pois essa doença traz um sofrimento imenso. E que bom que você pode ficar ao lado dele. Quando honramos nossos pais, cumprimos um dos mandamentos de Deus e certamente somos abençoados por isso. Um grande abraço!

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  4. Anna Carolina,

    demorei um bocado pra te escrever isto, mas sinto muito pela sua mãe, e com certeza, ela está em um lugar muito tranquilo agora, sem sofrimento, olhando por todos vocês.

    Minha mãe continua lutando, com períodos de melhora, e com outros bem complicados. Nossa pior dificuldade agora é com a alimentação. Não sabemos mais o que fazer, pois as náuseas dela estão muito fortes, impossibilitando a ingestão de alimentos, mesmo ela se esforçando muito.

    As dores vão e vem, não são constantes, mas fortes, e o analgésico (Tramadol) é o principal causador das náuseas e não podemos trocar.

    Enfim, já se vão 10 meses dos primeiros sintomas, e por pequenos períodos minha esperança tratava de ser mais forte que a realidade, por outros, o que os médicos me disseram voltava à tona. Fé ou ciência... nestes casos só Fé mesmo, pois a ciência é limitada e não dá alternativas.

    Ela mantém a esperança de conseguir voltar a sua rotina, poder sair de casa sozinha, trabalhar... mas nos últimos dias venho percebendo ela bem triste.

    Não quero mais ver ela sofrer... não quero mais.

    Um abraço,

    Fica com Deus.

    Alessandro .

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  5. Oi Alessandro! Me sensibilizo e me indentifico muito com o sofrimento pelo qual vocês estão passando. Eu bem sei como é. Passa um sintoma e logo aparece outro. E, dentro de toda essa luta temos a ciência que traz uma "morte anunciada".
    Não sei se existe algo pior do que isso, mas de uma certa forma temos que passar por isso - é o que acredito.
    Assim como você, me apegava muito a fé, e pelo mesmo motivo que o seu: a ciência não nos dá esperanças. E, sim, quase que diariamente essa lembrança da morte anunciada vinha em minha mente, e eu sofria demais com isso. Ao mesmo tempo, a necessidade e o amor me faziam passar por cima desse sofrimento e eu conseguia ser forte, pra poder ajudar minha mãe. Eu imagino que Vc deve sentir a mesma coisa...
    O conselho que te dou é que Você continue agindo como um bom filho, e que tente evitar pensamentos ruins, por mais que eles teimem em aparecer.
    Pense em cada dia como se fosse único, e pense em agradar sua mãe todos os dias. No fim é isso que vai importar, e é isso que vai fazer com que todos vocês se sintam um pouco melhor dentro de toda essa situação. Uma das maiores dificuldades é a de encontrar um pouco de felicidade em meio a tudo isso...
    Eu te agradeço o apoio, fique com Deus, e estarei orando por vocês! Um grande abraço!

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    1. Fico feliz que sua mãe pode fazer uma passagem suave, infelizmente não é a realidade de todos, minha mãe aos 51 anos teve uma morte dolorida apesar de ter uma vida sofrida, de fé e aceitação de tudo que "Deus" a submeteu. E eu não conhecia o diagnóstico até receber o atestado do óbito. Foram 9 meses de luta em vão. Apesar de ter sido tudo recente não se superarei a dor e a saudade.

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    2. Maína, primeiro te peço desculpas por demorar tanto para te responder. Fazia tempo que não acessava o Blog. Eu sinto muito mesmo pelo que aconteceu com sua mãe. Nem tudo tem uma explicação óbvia, mas acredite, há uma razão de ser. O que acredito é que o sofrimento é uma forma de evolução, e passar por ele faz com que o espírito evolua. Mas acima de pensar assim, é a fé que me move.
      Eu acredito realmente que Deus está no comando, e que ao final tudo ficará bem para as pessoas de bem. Às vezes esse "ficará bem" não é aqui nesse plano... Minha fé me faz seguir.
      Além disso, oro muito, todos os dias até hoje, pela minha mãezinha querida, pra que ela esteja bem e forte. Essa oração acaba me ajudando também.
      Espero ter ajudado, e fique a vontade caso queira falar mais.
      Um abraço fraterno e fique com Deus.

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    3. Olá. Li seu blog durante a doença da minha mãe. Me ajudou bastante a aceitar tudo, desde o diagnóstico e a fala do médico para mim: "Sua mãe tem apenas seis meses de vida". Foram dias horríveis, pelo sofrimento dela. O câncer se espalhou pelo corpo, mas o que realmente a fez entrar em óbito foi a Carcinomatose Meníngea, que surgiu de um C.A de mama, que ela teve há quatro anos. Foi tudo muito rápido. Não tenho o conforto, pois ela faleceu aos meus braços, agonizando de dor. Algo que até hoje não supero. Minha mãe tinha apenas 50 anos. Era cheio de vida e saúde. Hoje eu tenho 29 anos, e desde o dia que minha mãe faleceu (no dias das mães), às 10h, sinto que minha vida acabou. Pois ela não merecia falecer daquele jeito horrível. Mesmo sedada, minha mãe se mexia de dor e sofrimento. Mas agradeço a você, pois me ajudou amenizar um pouco a minha dor.

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    4. Olá, Daniel. Gostaria muito de saber como você está?
      O seu post me tocou muito. Me desculpa te responder somente agora, tanto tempo depois. Eu não tinha lido antes. me desculpa. Entro pouco no blog porque são raras as mensagens.
      Que bonito que sua mãe faleceu nos seus braços, significa que vocês têm uma ligação muito grande e que ela precisava da sua ajuda na passagem. Tenha certeza que você a ajudou muito e que a ligação de vocês não terminou.
      Sua vida não acabou, pelo contrário. Você terminou um ciclo da sua vida, cuidando da sua mãe. Outro se inicia.
      Não se revolte com a doença dela. De alguma maneira, foi necessário passar por tudo aquilo, e um dia tenho fé que vamos compreender. Mas, não se esforce em tentar entender.
      Eu creio e te falo isso como toda minha fé, que o sofrimento na terra é a maior oportunidade de evolução. Claro que não busco sofrer, longe disso, mas, quando acontece, busco extrair o melhor dele.
      Hoje sou uma pessoa muito mas muito melhor do que eu era antes. Sinto que a minha mãe passou por tudo o que ela passou para, entre outras coisas, me ensinar.
      Eu também perdi meu pai ano passado, com câncer no pâncreas. Foram 1 ano e meio de morte anunciada. Passamos com resiliência e fé.
      Apesar de tudo a tristeza não toma conta de mim. Pelo contrário. A fé que tenho é tão grande, a certeza que tenho que eles estão bem é tão real, que eu me tranquilizo e agradeço a Deus por tudo.
      Não sei se consegui transmitir um pouco da minha maneira de pensar para você, e longe mim ser a dona da razão.
      Minha intenção é mostrar como eu enxergo a dor e o sofrimento, para que sabe você também consiga aceitar. Tenha fé. Reze pela sua mãe. a vida dela continua e a sua também. Por favor dê notícias.
      Abraços e feliz ano novo. Desejo um ano de renovação e alegrias.

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  6. Olá, Anna Carolina e a todos!
    Infelizmente, tenho vivido o mesmo drama: minha mãe foi diagnosticada com Carcinomatose Meníngea em outubro, apesar dos meses difíceis anteriores. Esta doença é realmente bastante agressiva e o prognóstico é dos piores. Minha mãe não come direito, não bebe direito, não anda mais sozinha, desmaia com frequência quando fica em pé/ caminha e não urina nem evacua espontaneamente. Minha mãe teve a Síndrome da Cauda Equina causada pela doença, então além do câncer em si, ela ainda teve um problema associado. A síndrome foi o início de tudo: começou a sentir, em julho, fortes dores nas pernas e nos pés, dores do tipo fisgadas, que ardiam, queimavam e formigavam. Logo após parou de urinar e evacuar. Desde então utiliza CVD (sonda fixa) e faz supositório ou clister para evacuar. Emagreceu mais de 20kg em poucos meses e a doença já atingiu o cérebro, deixando-a bastante confusa sobre muitas coisas.
    Atualmente a está internada no CTI Semi Intensivo e estamos esperando o momento fatal. A tristeza e a incompreensão ainda fazem parte da nossa realidade, embora tentemos manter a fé e a esperança de que ela possa melhorar.
    Por fim, agradeço a Anna e a todos que aqui comentaram pela possibilidade de conhecer pessoas que passaram pelo mesmo que estou passando e por poder compartilhar um pouco da minha dor. Força e fé para todos!

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    1. Oi Mariana. Agradeço sua postagem. A realidade que vocês estão passando é sem dúvida a mais difícil da vida. Mas, por algum motivo vocês todos precisam passar por isso, e busquem a melhor forma, que é através do amor e da fé. A fé em Deus ajuda a superar a tristeza e engrandece nossos corações. Ajudar sua mãe, a enfrentar e passar por tudo isso, vai te trazer a calma e a resiliência. Jamais perca sua fé. Sejam felizes, até mesmo nos momentos mais difíceis, busque os ensinamentos, tente enxergar a dor como aprendizado para todos que estão passando por ela. Não fique tentando entender o motivo de tudo isso. Simplesmente aceite e dê o seu melhor, apoiando sua família, sendo muito carinhosa, dando força para sua mãe, encorajando-a, dia a dia. Por alguma razão tinha que ser assim.
      Já faz mais de 5 anos que minha mãe se foi, e ano passado eu perdi meu pai, com câncer também.
      Hoje quando li o seu post claro que lembrei dos meus pais, mas não senti tristeza, senti orgulho de dever cumprido. Orgulhos deles, de terem enfrentado a situação da doença, até o fim. E orgulho de mim e da minha irmã, que demos o nosso melhor, com muito amor. Não estou triste. Sinto orgulho, saudade e amor.
      Quando recebemos notícias de morte anunciada, temos, mais que nunca, que redobrar a fé e dar o nosso melhor. É isso que irá nos confortar.
      Fique dom Deus. Nunca perca a fé. Cada caso é um caso, e vou orar pela melhora da sua mãe. Nada é impossível.
      Um forte abraço e feliz ano novo para você e toda sua família.

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